sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Filosofia Crista

Por Michael Erler

  

    A filosofia platônica influenciou autores cristãos como Mário Vitorino, Ambrósio, Agostinho e Boécio. Agostinho (354-430 d.C) não é apenas o pai da igreja latino mais importante. Procurou-se ver na sua obra também o início propriamente dito de uma filosofia romana própria. No seu empenho em vincular revelação cristã e filosofia, sim, em evidenciar o cristianismo como verdadeira filosofia, Agostinho acolheu elementos importantes sobretudo na filosofia neoplatônica. Um fundamento certamente é a diferenciação platônica entre um mundo espiritual/intelectual e um mundo sensível que pode ser entendido como imagem do espiritual/intelectual e, assim, ajuda a superar a orientação do imanente, por exemplo, do estoicismo. Em todo caso, o conhecimento do platonismo representa um passo importante no caminho de Agostinho para a conversão definitiva ao cristianismo.
    Pode parecer estranha a intérpretes modernos sua atitude de falar de "filosofia cristã", mas aceitar também que a autoridade de personalidades docentes ou de textos possa ser um esteio argumentativo. Agostinho tampouco nega que possam surgir tensões entre o pensamento racional e o autoritário. Entretanto, para ele isso não se aplica relativamente à autoridade divina, na forma como ela se manifesta na Escritura Sagrada. Quanto ao contexto histórico, esse procedimento encaixa-se na práxis filosófica do helenismo e do período imperial. Agostinho aceita a autoridade como complementar à argumentação racional. Ele recorre, pelo visto, ao conceito da auctoritas, tradicional para o pensamento romano, e o transpõe para a Sagrada Escritura e para Deus. Na sua tentativa de vincular "tradição e inovação", ele quer demonstrar que o pensamento cristão é superior. Isto, no entanto, deve ocorrer em termos de uma "consumação racional", não de uma "suplantação irracional" da filosofia pagã, como pode ser demonstrado em concepções centrais como o conceito da vontade, a filosofia do Estado ou a ética. Como em geral para o neoplatonismo, também para Agostinho o aspecto soteriológico é uma preocupação central. Na sua opinião, a salvação do ser humano só pode ser respondida em vista da sua alma e de Deus. Agostinho está convicto de que seu coração só encontrará paz quando repousar em Deus (Conf 1,1,1).
   Boécio (480-524 d.C.) é, depois de Agostinho, o segundo filósofo importante de língua latina. Ele se sente comprometido, numa época de paz e florescimento da vida eclesial e cultural sob Teoderico (493 - 526 d.C.), com a tradição antiga e sua transmissão. Teoderico louvava Boécio por este ter "levado a toda romana para os guarda-roupas gregos" e tomado providências para que a "teoria grega se tornasse ensino romano". De fato, ele considera meritório instruir os seus concidadãos na ciência e filosofia gregas, pois, na sua opinião, o ocidente latino continuava carecendo da possibilidade de um estudo intensivo da filosofia. Ele buscava suprir esse desiderato por meio de traduções e comentários. Também Boécio vê na filosofia grega um complemento, não uma concorrência para a doutrina cristã. Indo além da mera transmissão do ensino grego, Boécio deu continuidade com a Consolatio Philosophiae, à tradição de autores romanos como Sêneca ou Marco Aurélio de, mediante a forma literária, aplicar na prática a teoria filosófica. O objetivo não é o esclarecimento e a arte de viver no imanente, mas a conversão da alma e o seu retorno ao âmbito do verdadeiro ser. Em relação à Consolatio Philosophiae vale o que também pode ser constatado em Sêneca ou Marco Aurélio: a filosofia não é apenas exposta, e, sim, o texto chama para uma leitura que vista desencadear no leitor um efeito terapêutico. Como romano, Boécio confia na antiga tradição dos "costumes"; como filósofo, na tradição platônica; como cristão, na verdade da Bíblia.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Viver não dói

Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. 

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. 

Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido juntos e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados,pela eternidade.

Sofremos, não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. 

Sofremos, não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias e ela estivesse interessada em nos compreender. 

Sofremos, não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. 

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. 

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: 

Se iludindo menos e vivendo mais!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, faz perder também a felicidade. 

A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.



(Carlos Drummond de Andrade)

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Voce sabia ?

JURAR DE PÉS JUNTOS: Mãe, eu juro de pés juntos que não fui eu. A expressão surgiu através das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado pra dizer nada além da verdade. Até hoje o termo é usado pra expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.

MOTORISTA BARBEIRO: 
Nossa, que cara mais barbeiro! No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos, etc., e por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão "coisa de barbeiro". Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de "motorista barbeiro", ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira..

TIRAR O CAVALO DA CHUVA: Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje! No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: "pode tirar o cavalo da chuva". Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.
de maneira copiosa. A origem do dito é atribuída às qualidades de argumentador do jurista alagoano Gumercindo Bessa, advogado dos acreanos que não queriam que o Território do Acre fosse incorporado ao Estado do Amazonas.

DAR COM OS BURROS N'ÁGUA: A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado pra se referir a alguém que faz um grande esforço pra conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.

GUARDAR A SETE CHAVES: No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de joias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo "guardar a sete chaves" pra designar algo muito bem guardado..

OKA expressão inglesa "OK" (okay), que é mundialmente conhecida pra significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa "0 killed" (nenhum morto), expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo "OK".

ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS: Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada pra designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.

PENSANDO NA MORTE DA BEZERRAA história mais aceitável para explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte da bezerra. Após alguns meses o garoto morreu.

PARA INGLÊS VER: A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos. No entanto, todos sabiam que essas leis não seriam cumpridas, assim, essas leis eram criadas apenas "pra inglês ver". Daí surgiu o termo.

RASGAR SEDA: A expressão que é utilizada quando alguém elogia grandemente outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na peça, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão pra cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a moça percebe a intenção do rapaz e diz: "Não rasgue a seda, que se esfiapa".

O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER: Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D`Argent fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou pra história como o cego que não quis ver.

ANDA À TOAToa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está à toa é o que não tem leme nem rumo, indo pra onde o navio que o reboca determinar.
QUEM NÃO TEM CÃO, CAÇA COM GATO: Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente se dizia quem não tem cão caça como gato, ou seja, se esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.

DA PÁ VIRADA: A origem do ditado é em relação ao instrumento, a pá. Quando a pá está virada pra baixo, voltada pro solo, está inútil, abandonada decorrentemente pelo Homem vagabundo, irresponsável, parasita.

NHENHENHÉMNheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os indígenas não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer "nhen-nhen-nhen".

VAI TOMAR BANHOEm "Casa Grande & Senzala", Gilberto Freyre analisa os hábitos de higiene dos índios versus os do colonizador português. Depois das Cruzadas, como corolário dos contatos comerciais, o europeu se contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio, além de usar folhas de árvore pra limpar os bebês e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com frequência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos portugueses, mandavam que fossem "tomar banho".

ELES QUE SÃO BRANCOS QUE SE ENTENDAMEsta foi das primeiras punições impostas aos racistas, ainda no século XVIII. Um mulato, capitão de regimento, teve uma discussão com um de seus comandados e queixou-se a seu superior, um oficial português... O capitão reivindicava a punição do soldado que o desrespeitara. Como resposta, ouviu do português a seguinte frase: "Vocês que são pardos, que se entendam". O oficial ficou indignado e recorreu à instância superior, na pessoa de dom Luís de Vasconcelos (1742-1807), 12° vice-rei do Brasil. Ao tomar conhecimento dos fatos, dom Luís mandou prender o oficial português que estranhou a atitude do vice-rei. Mas, dom Luís se explicou: Nós somos brancos, cá nos entendemos.

A DAR COM O PAU : O substantivo "pau" figura em várias expressões brasileiras. Esta expressão teve origem nos navios negreiros. Os negros capturados preferiam morrer durante a travessia e, pra isso, deixavam de comer. Então, criou-se o "pau de comer" que era atravessado na boca dos escravos e os marinheiros jogavam sapa e angu pro estômago dos infelizes, a dar com o pau. O povo incorporou a expressão.

ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, TANTO BATE ATÉ QUE FURA: Um de seus primeiros registros literário foi feito pelo escritor latino Ovídio ( 43 a .C.-18 d.C), autor de célebres livros como "A arte de amar "e Metamorfoses", que foi exilado sem que soubesse o motivo. Escreveu o poeta: ?A água mole cava a pedra dura". É tradição das culturas dos países em que a escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo de frase pra que sua memorização seja facilitada. Foi o que fizeram com o provérbio, portugueses e brasileiros

A culpa não é do macaco

Genealogia do humor
Uma garotinha pergunta a sua mãe:
- Como é que se criou a raça humana?
A mãe responde:
- Deus criou Adão e Eva, eles tiveram filhos, e os filhos tiveram filhos, e assim se formou a raça humana.

Dois dias depois, a garotinha faz ao pai a mesma pergunta. E o pai responde:
- Há muitos anos, existiam macacos que foram evoluindo até chegarem aos seres humanos que você vê hoje.

A garotinha, toda confundida, foi ter com a mãe e disse-lhe :
- Mãe, como é possível que a senhora me diga que a raça humana foi criada por Deus e o papai diga que evoluiu do macaco ?

E a mãe respondeu:
- Olha, minha querida, é muito simples: eu te falei da minha família e o papai falou da dele.

domingo, 22 de julho de 2012

De volta


  Eu fiquei muito tempo sem escrever pois realmente não estava a fim,queria dar um tempo nessa de internet,pois eu tenho consciência que qualquer vicio é prejudicial a saúde e principalmente a vida.
  Nessa semana foi o dia dos amigos e eu não dei feliz dia dos amigos pra ninguém a não ser pros meus pais e meus irmãos. O motivo dessa pretensa mal criação é esta  "chega de hipocrisia",muitas pessoas dão felicitações as outras, e espero que você se  inclua nisso,e na verdade não estão a fim de dar nada em troca,ou nesses dias importantes até se fala com alguém mas nos outros dias  nem um bom dia,nem um olhar se dão.
Eu nesse momento tenho escassas pessoas que posso dizer "poxa ,essa pessoa é minha amiga",e não tenho nada contra aqueles que só falam com as pessoas pela internet,mas se questione, cade a cumplicidade,um abraço bem apertado,e uma palavra amiga que você possa dizer olhando de frente a ela,ver suas reações, ver o seu caráter,ver que as palavras que ela diz condiz com os seus gestos.Pense nisso!
 Esse  foi meu recado.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Nem tudo é facil


É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!
Cecília Meireles

domingo, 10 de junho de 2012

O pianista

Os judeus,como um povo,sempre estiveram no alvo da minha admiração.Eu os acho coerentes e únicos,não há um povo que há muitos milênios chame tanta atenção quanto eles.Porem houve, por parte de outros povos,uma atenção destrutiva, pois não há nenhum povo que fora tão massacrado e perseguido quanto eles.
 E nessa semana eu assisti um filme de Roman Polanski,chamado O Pianista,e ele mostra de uma boa maneira  o inicio das perseguições dos alemães contra os judeus,os confiscos de bens,a transportação destes para os campos de concentração, e a historia de um homem que é destinado a se esconder em vários lugares para sobreviver aos extermínios dos poloneses e alemães numa cidade (Varsovia) que aos poucos vai sendo destruida.
 Este é um filme extremamente realista,com cenas fortes e que merece atenção por parte daqueles que gostam de estudar sobre a 2ª guerra mundial .Espero que assistam.
 

                 

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Bons amigos


Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!

Machado de Assis

quarta-feira, 16 de maio de 2012

O último judeu


Gente eu gosto muito de ler, e acabo até de fazer um record li um livro em menos de 2 dias (claro o livro era fino,tinha 153 p.).E mais uma vez retrata a 2ª guerra mundial e o sofrimento dos judeus.
Dessa vez relata, não a historia de um judeu guerrilheiro e sim, de um judeu que foi parar nos campos de concentração(Treblinka,campo responsavel pela morte de cerca de 750 mil judeus) e teve que se esquivar varias vezes, ou para não ser baleado na cabeça,ou para não ser marcado com ferro quente,porém muitas chicotadas na cabeça ou em outra parte do corpo levou.Ele,Chil,foi 1º um tonsador,aquele que raspava as cabeças das mulheres e depois um dentista,tinha que remover os dentes com ouro ou pedras preciosas dos cadáveres e ele fez tudo isso sem praticar nenhuma dessa profissões antes da guerra,tudo pela sobrevivencia.
Vocês terão a  noção do que é ser um escravo de guerra,das agruras sofridas não só por ele mas por todos aqueles que participaram desse massacre e sentir através deles como foi  perder familiares e pessoas de sua nação tão brutalmente.
Uma boa leitura!

terça-feira, 15 de maio de 2012

Os irmãos Bielski


Eu acabo de ler outro livro muito interessante,baseado  também na 2ª guerra mundial ,porém voltado para a perspectiva das vitimas, os judeus.Mas dentre essa multidao de vitimas havia alguns judeus que nao se conformaram com o que a historia lhes reservava,a morte.Estes(os irmãos Bielski)são judeus guerrilheiros,que deixaram a passividade de lado e foram a luta armada contra um inimigo militarmente maior.
Tuvia,Asael e Zus,nasceram numa localidade polonesa,que mais tarde faria parte da União Soviética ,filhos de camponeses,tiveram uma vida paupérrima,mas não havia nada que lhes tirassem o orgulho judeu.Quando a matança começou em meados de 1942,muitos judeus tiveram que se esconder nas florestas,na casa de conhecidos ou de amigos,porém outro foram pegos pelos alemães e obrigados a viverem nos guetos.
Os irmãos Bielski não se intimidaram, fugiram para floresta só com alguns pertences e familiares mais próximos,porém a luta pela sobrevivencia na floresta e contra o inimigo só estava começando pois correriam um  risco muito grande pois os  seus pensamentos não eram de salvar a própria pele e sim de ajudar o máximo de judeus possíveis(que eles conseguiram,no memorial do holocausto,consta que os irmaos conseguiram salvar cerca 1400 pessoas).Mas o maior problema enfrentado por eles era que o anti-semitismo não vinha só dos alemães,e sim do poloneses e dos soviéticos,então para os judeus cativos isto representava mais empecilhos para a travessia dos fugitivos do gueto para dentro da floresta.
Este é um bom livro para aqueles que gostam dos relatos da 2ª guerra mundial,dos acontecimentos envolvendo os judeus e abordagens indiretas dos acontecimentos,ou seja,quando o autor de um livro não fica ligado só aos documentos mas também busca a historia dos testemunhos dos que viveram aquele episodio.
Para aqueles que se interessaram boa leitura.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

A conquista da honra


Eu acabo de ler um livro que mexeu muito comigo,e ele se chama " A conquista da honra",um livro de James Bradley e Ron Powers.
 Ele trata da 2ª gerra mundial,especificamente da invasão do exercito americano no solo japonês, Iwo Jima em 19 de fevereiro de 1945.Ele me emocionou por não ser um simples livro de fatos históricos,mas por que o autor nos revela os sentimentos,ansiedades e receios dos combatentes americanos,muitos recém-saídos da adolescencia e como esta guera os  afetou profundamente.
O autor focará na vida de Ira,Franklin,John,Mike,Rene e Harlon,cujas famas foram alçadas, pelo simples hastear de uma bandeira numa montanha dominada por "inimigos" ( o monte Suribachi),porém há algo tolo nisso tudo(quem ler saberá) para que  possam ser chamados de Heróis da Nação.
E uma informação adicional é que o autor é filho de um desses Heróis.E o interesse pela criação deste livro foi pelo fato do pai guardar a 7 chaves os acontecimentos de Iwo Jima e nao mencionar a repercussão do hasteamento da bandeira.
Espero que os que se interessaram pelo livro possam perceber que haviam  vidas,famílias envolvidas emocionalmente nessa guerra e não simples números de guerra.
Boa Leitura!

domingo, 29 de abril de 2012

Filosofia

Nada melhor, do que ouvir um excelente filosofo explicando O que é filosofia,de um modo simples e fácil,eis um vídeo de Giraldelli, Bom aproveito!


quinta-feira, 12 de abril de 2012

A Odisseia

 
Um dia,na faculdade eu queria ler um livro de aventuras e eu sabia que na biblioteca,na parte de Historia eu poderia encontrar um.E eu o encontrei,ele se chama A Odisseia,de Homero.Eu me lembro que quando era criança no SBT passava muito este filme (e não duvido nada que também passou esse ano). e eu amo historia de aventuras,e esta é a minha indicação de livro para todos os amantes de aventura.
   Ainda mais que A Odisseia tem traição,enredo de monstros mitologicos,naufrágios e muito mais,vale a pena para você que enquanto está no ônibus,em casa ou no intervalo de algo lê-lo.Uma boa aventura.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Ciência e Filosofia



  Uma das funções da filosofia é analisar os fundamentos da ciência.O próprio cientista já coloca questões epistemologicas quando se pergunta em que consiste o conhecimento cientifico e qual a validade do método utilizado,assim como deve formular questões éticas e politicas, ao indagar sobre a sua responsabilidade social quanto as aplicações e consequencias de suas descobertas.Por isso é importante que o cientista se disponha a filosofar,a fim de investigar os pressupostos e as implicações do seu saber.
  Além disso,a filosofia busca recuperar a visão da  totalidade,fragmentada diante da multiplicidade das ciências particulares e da valorização do mundo dos especialistas.É o filosofo que se questiona se o saber e o  poder  estão a serviço do ser humano ou contra ele,isto é,se servem para seu crescimento espiritual ou se o degradam,se contribuem para a liberdade ou para a dominação.
  Para concluir,podemos destacar o papel da filosofia ao acompanhar de perto as condições em que se realizam as pesquisas cientificas,investigar o sentido e a finalidade da ciência,bem como avaliar suas prioridades e as consequencias das técnicas utilizadas.No desempenho desse papel ,os filósofos não tem respostas prontas e nem um saber acabado.Não cabe a ele nortear,de forma onisciente e onipotente, os rumos da ciência.O filosofo caminha ao lado dos cientistas e dos técnicos,para que se não perca de vista que a ciência e a técnica são apenas meios e devem estar a serviço de fins humanos.

terça-feira, 27 de março de 2012

A dignidade humana


      O que é o ser humano,afinal ? Muitos já fizeram essa pergunta,respondendo da forma clássica:"Somos animais racionais".
     Mas,há duvidas a respeito de uma definição clara,visto a dificuldade de encontrar uma caracteristica especifica e definitiva que nos distinga de todo os outros seres.
     E,se considerarmos a incompletude humana,a ambiguidade dos desejos e a possibilidade aberta de liberdade de decisões,teremos de concluir que nosso comportamento não é previsível,tampouco reconhecemos nossa "natureza" como claramente definível.
     Podemos acertar,mas também errar:estamos disponíveis para construir um mundo melhor,mas igualmente para persistir nas ações movidas por egoismo,inveja e cupidez.Neste ultimo caso seríamos menos humanos?.Os corruptores,os assassinos,os traidores,os fracos não seriam seres humanos ?.
      Pensemos de outra maneira,atentos ao que nos diz Comte-Sponville " (...)o débil mental profundo não fala ,não ri,não raciocina,não julga,não faz politica...nem por isso deixa de ser homem.Vive em sociedade? também não,e talvez menos que alguns animais domésticos.Quem,no entanto,admitiria que fosse tratado como um bicho,mesmo que como um bicho bem tratado? Quem iria querer pô-lo num zoo?. Vão me dizer que as vezes fez-se bem pior, o que todos sabemos.Mas que filósofos julgaria isso aceitável ?"
    Ninguém que seja nascido de seres humanos pode ser excluído da humanidade, nem incorrer na soberba de nos considerarmos superiores a alguns,por sermos mais inteligentes ou mais ricos, por pertencermos a uma classe ou religião que julgamos ser melhor .
    Essas questões nos remetem ao tema dos direitos humanos.Se partirmos do principio de que cada pessoa é única e insubstituivel devemos concluir que todos são iguais e dignos de respeito.Como Kant enfatizou,defender a dignidade humana é considerar cada ser humano um fim em si mesmo,ou seja ninguém é meio para o que quer que seja.
    Admitir que todos somos igualmente cidadãos e que o exercício da tolerância tem como consequencia a aceitação das diferenças- tipicas da sociedade plural e democrática, é reconhecer também o que é intolerável :  a escravidão,a inferiorização  das etnias,a repressão a grupos religiosos,a corrupção,o assassinato e etc.
    Só para terminar,uma pergunta: Por que ,então,se o crime é intolerável,há quem defenda o criminoso?Alias, por isso mesmo,as organizações que tem como bandeira a preservação dos direitos humanos muitas vezes são acusadas de defender bandidos.No entanto ,se é verdade que os criminosos devem ser punidos ,isso não significa que devam ser tratados de modo desumano.Caso contrario,estaremos agindo  da mesma maneira que eles.
bibliografia:Temas  da filosofia

sexta-feira, 23 de março de 2012

Por que Filosofia ?


A filosofia é o pensar critico sobre todas as áreas do saber e do agir humanos,que revela seus princípios e fundamentos e faz ver a possibilidade de outros mundos,outros modos de vida ,fundamentados em outros princípios .A reflexão filosófica,ao contrario da reflexão cientifica (que fragmenta o real),deve ser radical,rigorosa e de conjunto,a fim de descobrir os significados mais profundos dos problemas que preocupam o ser humano desde a antiguidade.
 Além disso ,a reflexão filosófica não pode ser conduzida por posições radicais:ela pede um equilíbrio entre a atitude cética,que coloca em dúvida a possibilidade de certezas absolutas e universais do conhecimento e a dogmática,que recusa as evidencias da experiência.
  A filosofia deve se manter como o livre exercício da razão treinada,que descobre os significados mais profundos da realidade e que dialoga com idéias e teorias do passado e do presente.Por isso ela é necessária para todos nós que desejamos construir projetos individuais e coletivas de vida que nos levem á plenitude do que podemos ser.

terça-feira, 13 de março de 2012

Os 3 tipos de cultura

A cultura,em seu sentido restrito,assume variadas formas: algumas artísticas outras simplesmente culturais.

 A arte erudita oferece uma interpretaçao do significado  da existência humana e fomenta o desenvolvimento das linguagens artísticas,tendo valor estético indiscutivelmente ,independentemente de seu estilo.Infelizmente ,como inova as linguagens,nem sempre é compreendida pelo grande publico.

 A arte popular é anonima,desenvolve -se dentro de convenções "fixas" e traduz a visão de mundo e os sentidos coletivos do grupo no qual tem origem e para o qual se destina.A arte popular ,ou folclorica, confere identidade cultural aos grupos e é uma forma de conservação da cultura tradicional.Na sociedade contemporanea,principalmente nos centos urbanos,uma nova arte popular esta surgindo; as vezes dando continuidade as tradições,ao adapta-las a novas necessidades,outras vezes com criações inteiramente novas.

 A  cultura de massa por sua vez,é constituída pelos produtos da industria cultural,destinados á sociedade de consumo,e visa divertimento como meio de passar o tempo.São produtos relativamente homogêneos,construídos a partir de formulas que garantam sua aceitação por grande parcela da população.O publico é considerado como"massa",que,sem consciência de si como grupo social,não faz exigências e se aliena no consumo desses produtos.Por isso,é essencial ter uma postura critica diante da cultura de massa,a fim de perceber os valores e os modelos que nos são propostos,antes de aceita-los ou rejeita-los.

domingo, 4 de março de 2012

Amor,amizade e paixão

  Sendo o amor a tendencia a se unir a um objeto considerado como um bem,abrange a paixão e a amizade.
  A paixão é apresentada como o advento do extraordinario, como um impulso vital que nos tira da vida cotidiana  e nos leva a explorar outras  possibilidades de vida.É emoção intensa,exclusivista,ao mesmo tempo necessidade de fusão e de individuação que pode levar ao ciume,a desilusão e ao rancor.
  O amor em suas varias formas, é visto pelos filósofos de dois modos: como unidade e identificação entre dois seres ; e como troca reciproca entre seres individuais e autônomos .Dentro dessa ultima perspectiva ,o amor ao contrario da paixão ,é o reino da tranquilidade ,da ternura,do acolhimento do outro com suas qualidades e seus defeitos,desenvolvendo-se dentro dos limites da vida cotidiana. O amor envolve provas da verdade, da reciprocidade ,que se superadas ,resultam na construção de um projeto comum , o qual devera ser continuamente revisto e ajustado as necessidades de cada um dos parceiros.
   A amizade ,por sua vez,é definida como a relação baseada na simpatia e nas afinidades pessoais que visa ao bem do outro e consequentemente ,ao  próprio bem.Por essa razão é o alicerce da vida comunitária ideal,pois cada membro da comunidade estaria contribuindo para o bem estar geral.Para Aristóteles,a amizade é a mais importante realização da vida dos seres humanos,pois seus beneficios se estendem a toda a sociedade.
 A amizade se carateriza por ser reciproca,descontinua,não exclusivista,sem sofrimento e por ser possível entre indivíduos iguais.A partir dessas caracteristicas,é possível analisar em  que medida nossos relacionamentos são verdadeiramente amizades.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Tudo é vaidade

 Ola para todos que leem este blog ,quero avisar que eu criei um outro blog,mais intimista,mais filosofico e reflexivo,espero que gostem !
  link:
  http://conversa-amiga.blogspot.com/

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A vida íntima de Osama Bin Laden

  Nesta semana achei uma reportagem feita pela Revista Super Interessante e achei bem legal,já que fala da vida intima dos homens mais cruéis da historia da humanidade,e eu vi esta sobre Osama bin Laden,todos sabem que ele já foi morto porém ainda é  muito falado já que deixou discípulos e outro líder em seu lugar.E eu gosto de Historia ainda mais quando se trata dos costumes e hábitos de pessoas que já viveram a muitos anos ou pertencentes de outras culturas como o caso desta,eis ai um trecho da historia contada por uma de suas esposas.
 
Antes de ser terrorista, Osama bin Laden era marido e pai de família. Conheça a rotina familiar do homem mais procurado do mundo - contada por uma das esposas e um dos filhos dele
por Lorena Verli
Hoje, ninguém sabe onde Osama bin Laden se esconde. Talvez em algum canto do Paquistão. Mas o inimigo número 1 dos EUA já teve endereço certo. Omar e Najwa bin Laden, filho e mulher do terrorista, estão lançando um livro em que revelam a vida doméstica da família, que morou na Arábia Saudita entre 1974 e 1991, passou 5 anos no Sudão e em 1996 se mudou para o Afeganistão. São revelações surpreendentes e engraçadas, que mostram um Osama contraditório e cheio de manias. Seja bem-vindo à casa dos Bin Laden.

Meu filho não é travesti
Najwa se casou com Osama em 1974. Tinha 15 anos e logo engravidou. Teve um filho, depois outro e mais outro - nos 3 primeiros anos de casamento, foram 3 filhos homens. Ela estava louca para ser mãe de uma menina. E, quando teve o quarto filho, Omar, não se aguentou - começou a deixar o cabelo do menino crescer e a vesti-lo como uma menina. "Minhas amigas diziam que Omar era muito bonito e me encorajavam", conta. Era 1981 e Osama passava longas temporadas longe de casa, combatendo a invasão soviética no Afeganistão. Um dia, ao voltar para seu lar na Arábia Saudita, se deparou com a cena bizarra. "Primeiro, ele ficou perplexo. Se agachava e passava os dedos nos cachos de Omar, e no vestido", relata Najwa. Depois, explicou ao menino: "Omar, este vestido que você está usando é para meninas. Este corte de cabelo é para meninas. Você é um menino". Osama mandou a mulher parar com a brincadeira, e ela obedeceu. Mas logo voltou a travestir o pequeno Omar nas ausências do marido. Até que Osama chegou de surpresa. "Ele não falou nada. Ficou parado, me encarando com uma expressão que deixava bem claro que eu não deveria brincar com o destino", conta. Najwa cortou os cabelos do menino, sumiu com os vestidos e nunca mais brincou de boneca até ter a primeira filha, 6 anos depois.

Férias em Hollywood
Osama bin Laden abomina os EUA. Mas já esteve lá. No final dos anos 70, ele e Najwa passaram duas semanas na terra dos infiéis. "Osama foi se encontrar com um homem chamado Abdullah Azzam." O tal Abdullah era um teólogo sunita, que pregava a guerra santa e viria a se tornar o mentor de Bin Laden. Najwa passou as duas semanas em Indianápolis, mas Osama foi passar 7 dias em Los Angeles. Não se sabe por que ele quis ir justamente a Hollywood, símbolo máximo da cultura americana. Mas a viagem foi tranquila. O único contratempo foi na hora de ir embora. No aeroporto, um homem se espantou com a roupa de Najwa, uma burca que cobria todo o corpo, e começou a encará-la. Osama não se ofendeu, e até achou graça na situação. "Meu marido e eu adoramos a América", diz Najwa.

Professor Pardal jihadi
Osama é considerado um gênio da matemática: tem a capacidade de fazer somas enormes de cabeça. Omar relembra que homens iam à casa dele e desafiavam seu pai a competir com uma calculadora. Bin Laden sempre terminava as equações primeiro. A memória do terrorista também é acima da média: segundo seu filho, ele é capaz de recitar o Alcorão inteiro, que tem mais de 350 páginas, de cabeça. Mas a grande paixão de Osama é uma ciência - a genética. Quando morou no Sudão, entre 1991 e 1996, ele cismou de produzir os maiores girassóis do mundo. Cruzou várias linhagens da planta até criar girassóis que chegavam a ter o tamanho de uma cabeça.

Morte aos cachorros
No mundo islâmico, o cachorro não é o melhor amigo do homem - os muçulmanos evitam ter cães, que consideram sujos, como animais de estimação. Osama criava pastores-alemães, e não seguia à risca a determinação do islã: brincava e fazia carinho nos cachorros. Mas os filhotes não tinham a mesma sorte. "Um dia, eu estava cuidando da minha cadela e alguns guerrilheiros vieram pedir filhotes emprestados. Eu não gostei, mas pensei que eles estavam procurando cachorros para criar", conta Omar. Algum tempo e vários filhotes depois, o menino descobriu o destino dado aos cachorrinhos. "Os filhotinhos que eu e meus irmãos adorávamos estavam sendo sacrificados pelo jihad. Os soldados do meu pai estavam usando os filhotes para testar armas químicas." Osama não mostrou nenhum remorso quando isso foi descoberto pelo filho.

Menu do terrorista
Osama tem um paladar curioso e variado. Seu café da manhã é bem espartano, um pedaço de pão com azeite. Já nas refeições, prefere algo mais elaborado - seu prato preferido é abobrinha recheada com carne. Ele adora frutas e espera com ansiedade o verão: a estação da manga, sua fruta favorita. Bin Laden toma bastante mel com água quente - mistura que, segundo ele, tem propriedades medicinais. Mas sua bebida preferida é suco de uvas-passas, que ele aprendeu a preparar quando morava no Sudão. OsamaBin Laden proibia os filhos de beber refrigerantes (que eles tomavam escondidos do pai) e não suporta bebidas geladas. Se alguém lhe servir algo frio, ele deixa de lado até esquentar.

Prova de resistência
Desde muito jovem, Osama gostava de fazer longas caminhadas nos desertos da Arábia Saudita e subir montanhas. Algumas vezes, ele dirigia durante horas até encontrar um lugar perfeito para descansar. Quando virou pai, criou o hábito de levar os filhos nesses passeios - mesmo que eles ainda fossem bem pequenos. "Nós não podíamos beber água até voltarmos da caminhada. Não devíamos nem sequer pensar em água", conta Omar. Bin Laden queria ensinar os filhos a suportar o calor. "Ele sempre nos alertava de que devíamos estar preparados para fazer uma campanha no deserto quando o infiel Ocidente atacasse o mundo islâmico." Em deter-minado momento, durante a estada dos Bin Laden no Sudão, Osama acreditou que até as mulheres e os bebês deveriam receber esse tipo de treinamento. Então ele organizou para que toda a família fosse passar uma noite no deserto. Todos tiveram de dormir em buracos cavados no chão, se cobrindo com folhas e terra. E sem dar um pio de reclamação.

A separação
Ao todo, Osama teve 6 mulheres e 20 filhos. Três esposas ainda vivem com ele. Najwa e 4 filhos, entre eles Omar, fugiram do Afeganistão logo antes dos ataques americanos ao país, em 2001. Najwa voltou para a casa dos pais, na Síria. Omar foi à Arábia Saudita e entrou para os negócios da família Bin Laden - que é dona da maior construtora do mundo islâmico. Hoje, vive no Catar e tenta obter um visto para morar na Inglaterra. Em uma entrevista, disse que não tem medo de sofrer represálias do pai por causa do livro. "Eu posso enfrentar reprimendas, porque no mundo muçulmano não se deve falar contra o pai. Mas Osama nunca me machucaria."

Carros, eletrodomésticos e remédios
Osama queria viver com a maior simplicidade possível, seguindo os ensinamentos deixados pelo profeta Maomé. Por isso, a família não podia ligar o ar-condicionado de casa, ou sequer usar a geladeira. As únicas regalias permitidas eram o fogão a gás e a lâmpada elétrica. Os surtos de Osama contra o luxo fizeram com que ele proibisse alguns dos filhos, que tinham asma, de usar medicamentos. "Ele dizia para quebrarmos um favo de mel e respirar através dele. Não adiantava muito. Mas nosso pai não se compadecia", conta Omar. Assim, todos sofriam com as crises asmáticas e frequentemente iam parar no hospital. As crianças também não podiam brincar com brinquedos - Osama dava cabras aos filhos para que eles pudessem brincar. Enquanto a família sofria com as restrições, Osama esbanjava dinheiro comprando carros esportivos. Sua paixão começou quando ele tinha apenas 9 anos e pediu um automóvel de presente ao pai (o empresário Muhammed Awad bin Laden). Por incrível que pareça, ganhou - e dirigiu com a supervisão de um adulto até se tornar maior de idade. Mas foi o suficiente para transformá-lo num aficionado, que trocava de carro toda vez que saía um modelo novo. Quando Omar nasceu, Osama tinha uma Mercedes dourada. "Para mim, era como se fosse uma carruagem de ouro", lembra o filho.


Para saber mais

Growing Up Bin Laden
Jean Sasson, Omar bin Laden e Najwa bin Laden St. Martin’s Press, 2009.
Revista Super Interessante

Hebreus



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Imperio Romano

Para quem se interessa pela Historia romana,eis abaixo dois videos muito interessantes que de uma forma ludica ensina sobre este imperio que foi poderoso.






sábado, 28 de janeiro de 2012

Augusto, o imperador deus

Neste mês de janeiro me dediquei a leitura de um romance histórico de Allan Massie,chamado Augusto,o imperador deus.Eu não sabia muito bem sobre a historia dos cesares,eu achava que todos eram beberrões,medíocres e etc,porém quando me aprofundei nessa historia,eu percebi que ele realmente tinha esses defeitos(quem não tem ?) porém pude entrar em sua mente e perceber que tudo o que fizera era para o bem da republica  romana,mesmo que tivesse que eliminar os opositores e eu como uma testemunha da sua historia pude perceber  uma humanidade(aquele que se acha um super homem,não é mais do que um mentiroso para  si mesmo) que eu não percebi em Júlio César e Marco Antônio,e entre todas as guerras,as conquistas,responsabilidades e temores havia um homem apaixonado por sua mulher( Lívia,da origem dos Cláudios,uma das famílias mais importantes de Roma),um pai que se importava com seus filhos e um homem que honrava seus amigos.E para formalizar essa historia,um breve resumo de sua historia.
  Primeiro imperador romano, filho de Caio Otávio e Átia e sobrinho-neto de Júlio César, que o adotou e o fez seu herdeiro. Caius Octavius que se tornou, por adoção, Caio Júlio César Otaviano e posteriormente, César Augusto, o Augusto, foi o idealizador da pax romana e do império, um extraordinário político e administrador. Sem revogar as leis e instituições republicanas, concentrou todo o poder em suas mãos, inaugurando uma época de esplendor e prosperidade no mundo antigo. Quando soube do assassinato de César, quando estudava na Ilíria, do outro lado do mar Adriático, organizou então um exército e assumiu o controle de Roma, ao lado de dois poderosos amigos de César, Marco Antônio e Lépido.
Os três se aliaram contra os assassinos de César e, em seguida, passam a lutar entre si. Depois de várias manobras políticas e militares tornou-se senhor único do Império Romano (30 a. C.). O nome Augusto foi-lhe então outorgado pelo Senado (27 a. C.) e depois lhe conferiu o título de Pai da Pátria (2 a. C.), confiando-lhe o poder absoluto por 44 anos, embora jamais tenha governado de forma despótica. Habilmente propiciava ao Senado o máximo esplendor, embora seu governo tenha a marca perfeita do absolutismo. Declarou guerra à união de Antônio e Cleópatra e após a vitória definitiva (30 a. C.), na batalha naval de Áccio, transformou o Egito em província romana. Pacificou as Gálias, reformou os costumes, ampliou os territórios do império até o Elba e o Danúbio e proclamou a paz universal (Pax Augusta).
   Governante moderado e enérgico deu a Roma um traçado urbanístico dividindo a cidade em bairros e ruas. Demarcou a Itália em regiões e o resto do império em distritos e províncias, exceto o Egito que, para ele, era de domínio pessoal. Fez uma ampla reforma monetária, criou impostos públicos e um serviço postal estatal. Fortaleceu o exército e a esquadra garantindo solidez as fronteiras, conseguindo afinal um longo período de paz. Entregou as obras de infra-estrutura pública como estradas, aquedutos, galerias, etc., ao leal e competente ministro Agripa(Um amigo do tempo da juventude e depois cunhado pois se casara com Júlia,filha de Augusto com Escribonia), que seria seu sucessor,caso não tivesse também falecido.Favoreceu as artes e as letras e, após sua morte, foi divinizado. Deixou uma autobiografia gravada em duas colunas de bronze, no Campo de Marte, em Roma, Res gestae divi Augusti (Manumentum Ancyranum) conservadas até hoje. Foi sucedido por Tibério, um seu filho adotivo e general nomeado(que também se casou com Júlia,porem ela se tornou uma prostituta e foi banida para uma ilha), confirmando assim, o estabelecimento de um regime monárquico.
 Claro nem todos são perfeitos,ele realmente colocou seu filho adotivo no poder, mas o que me surpreendeu em seu caráter é que o povo,os militares reformados e todos aqueles que foram cativos nalguma sociedade e foram recuperados tiveram todo o apoio de Augusto( historiadores dizem que ele tinha um capital 14 milhões,porem só foi encontrados em seus tesouros reais 1,5 milhões)  com moradias e suporte econômico.



fonte: historia na net
 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Deixa o ritmo te levar

Algo que sempre gostei foi ouvir musica e assistir filmes e sempre gostei de vários estilos musicais (menos o Funk ,mas não por causa  do  ritmo em si,porém de suas letras depreciativas e de baixo escalão) e um estilo que sempre gostei mas tinha-tenho vergonha de dizer era-é musica clássica,pois uma coisa  está intrínseco na nossa vida, é que o grupo que nos rodeia é coercitivo e não aceita determinadas coisas que gostamos  e além do mais,de uma forma subliminar nos manda essa mensagem, ou você se encaixa aos nossos padrões ou você esta fora. E como nós, seres humanos somos seres sociais a  opinião do grupo sempre prevalece e nos moldamos ao que ele quer.Você pode  pensar assim,ué eu não tenho opinião própria;eu mando na minha vida!,mas sem você saber há uma lei social invisível que nos comanda, que nos move e ela nos acompanha desde crianças,nos dizendo o que devemos fazer ou não e se por acaso alguem se rebela a essa lei social ela nos avisa que se seguirmos algo diferente do que ela determina que é legal,certo e normal  a consequencia é uma sanção,punição etc,e no final  acabamos seguindo o que ela quer (exemplo:quando dizemos a nossas amigas que ainda gostamos da chiquititas elas riem da nossa cara,quando dizemos para nossa mãe que vamos namorar aquele roqueiro tatuado e cabeludo  ela nos da ou uma surra ou nos deixa de castigo) .Voltando a musica clássica... Eu sempre gostei porém não tenho uma qualificação para saber mais,porém eu gostaria que ela se difundisse mais,ainda mais aqui no rio de janeiro,pois não só existe o trio forró-pagode-funk como estilo musical.E um incentivo melhor seria colocar as versões do cinema para ser tocada por uma orquestra,e como eu sei que há essa ideia na internet eis algumas versões  pra se apreciar.


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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Momento Poesia

William shakespeare Soneto 35
Não chores mais o erro cometido;
Na fonte, há lodo; a rosa tem espinho;
O sol no eclipse é sol obscurecido;
Na flor também o inseto faz seu ninho;

Erram todos, eu mesmo errei já tanto,
Que te sobram razões de compensar
Com essas faltas minhas tudo quanto
Não terás tu somente a resgatar;

Os sentidos traíram-te, e meu senso
De parte adversa é mais teu defensor,
Se contra mim te excuso, e me convenço

Na batalha do ódio com o amor:
Vítima e cúmplice do criminoso,

Dou-me ao ladrão amado e amoroso.


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Para o Meu Coração...
Para o meu coração basta o teu peito,
para a tua liberdade as minhas asas.
Da minha boca chegará até ao céu
o que dormia sobre a tua alma.

És em ti a ilusão de cada dia.
Como o orvalho tu chegas às corolas.
Minas o horizonte com a tua ausência.
Eternamente em fuga como a onda.

Eu disse que no vento ias cantando
como os pinheiros e como os mastros.
Como eles tu és alta e taciturna.
E ficas logo triste, como uma viagem.

Acolhedora como um velho caminho.
Povoam-te ecos e vozes nostálgicas.
Eu acordei e às vezes emigram e fogem
pássaros que dormiam na tua alma.

Pablo Neruda, in "Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada"
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Última Folha
Musa, desce do alto da montanha
Onde aspiraste o aroma da poesia,
E deixa ao eco dos sagrados ermos
          A última harmonia.

Dos teus cabelos de ouro, que beijavam
Na amena tarde as virações perdidas,
Deixa cair ao chão as alvas rosas
          E as alvas margaridas.

Vês? Não é noite, não, este ar sombrio
Que nos esconde o céu. Inda no poente
Não quebra os raios pálidos e frios
          O sol resplandecente.

Vês? Lá ao fundo o vale árido e seco
Abre-se, como um leito mortuário;
Espera-te o silêncio da planície,
          Como um frio sudário.

Desce. Virá um dia em que mais bela,
Mais alegre, mais cheia de harmonias,
Voltes a procurar a voz cadente
          Dos teus primeiros dias.

Então coroarás a ingênua fronte
Das flores da manhã, — e ao monte agreste,
Como a noiva fantástica dos ermos,
          Irás, musa celeste!

Então, nas horas solenes
Em que o místico himeneu
Une em abraço divino
Verde a terra, azul o céu;

Quando, já finda a tormenta
Que a natureza enlutou,
Bafeja a brisa suave
Cedros que o vento abalou;

E o rio, a árvore e o campo,
A areia, a face do mar,
Parecem, como um concerto,
Palpitar, sorrir, orar;

Então sim, alma de poeta,
Nos teus sonhos cantarás
A glória da natureza,
A ventura, o amor e a paz!

Ah! mas então será mais alto ainda;
          Lá onde a alma do vate
          Possa escutar os anjos,

E onde não chegue o vão rumor dos homens;

Lá onde, abrindo as asas ambiciosas,
Possa adejar no espaço luminoso,
Viver de luz mais viva e de ar mais puro,
          Fartar-se do infinito!

Musa, desce do alto da montanha
Onde aspiraste o aroma da poesia,
E deixa ao eco dos sagrados ermos
          A última harmonia!

Machado de Assis, in 'Crisálidas'