sábado, 28 de janeiro de 2012

Augusto, o imperador deus

Neste mês de janeiro me dediquei a leitura de um romance histórico de Allan Massie,chamado Augusto,o imperador deus.Eu não sabia muito bem sobre a historia dos cesares,eu achava que todos eram beberrões,medíocres e etc,porém quando me aprofundei nessa historia,eu percebi que ele realmente tinha esses defeitos(quem não tem ?) porém pude entrar em sua mente e perceber que tudo o que fizera era para o bem da republica  romana,mesmo que tivesse que eliminar os opositores e eu como uma testemunha da sua historia pude perceber  uma humanidade(aquele que se acha um super homem,não é mais do que um mentiroso para  si mesmo) que eu não percebi em Júlio César e Marco Antônio,e entre todas as guerras,as conquistas,responsabilidades e temores havia um homem apaixonado por sua mulher( Lívia,da origem dos Cláudios,uma das famílias mais importantes de Roma),um pai que se importava com seus filhos e um homem que honrava seus amigos.E para formalizar essa historia,um breve resumo de sua historia.
  Primeiro imperador romano, filho de Caio Otávio e Átia e sobrinho-neto de Júlio César, que o adotou e o fez seu herdeiro. Caius Octavius que se tornou, por adoção, Caio Júlio César Otaviano e posteriormente, César Augusto, o Augusto, foi o idealizador da pax romana e do império, um extraordinário político e administrador. Sem revogar as leis e instituições republicanas, concentrou todo o poder em suas mãos, inaugurando uma época de esplendor e prosperidade no mundo antigo. Quando soube do assassinato de César, quando estudava na Ilíria, do outro lado do mar Adriático, organizou então um exército e assumiu o controle de Roma, ao lado de dois poderosos amigos de César, Marco Antônio e Lépido.
Os três se aliaram contra os assassinos de César e, em seguida, passam a lutar entre si. Depois de várias manobras políticas e militares tornou-se senhor único do Império Romano (30 a. C.). O nome Augusto foi-lhe então outorgado pelo Senado (27 a. C.) e depois lhe conferiu o título de Pai da Pátria (2 a. C.), confiando-lhe o poder absoluto por 44 anos, embora jamais tenha governado de forma despótica. Habilmente propiciava ao Senado o máximo esplendor, embora seu governo tenha a marca perfeita do absolutismo. Declarou guerra à união de Antônio e Cleópatra e após a vitória definitiva (30 a. C.), na batalha naval de Áccio, transformou o Egito em província romana. Pacificou as Gálias, reformou os costumes, ampliou os territórios do império até o Elba e o Danúbio e proclamou a paz universal (Pax Augusta).
   Governante moderado e enérgico deu a Roma um traçado urbanístico dividindo a cidade em bairros e ruas. Demarcou a Itália em regiões e o resto do império em distritos e províncias, exceto o Egito que, para ele, era de domínio pessoal. Fez uma ampla reforma monetária, criou impostos públicos e um serviço postal estatal. Fortaleceu o exército e a esquadra garantindo solidez as fronteiras, conseguindo afinal um longo período de paz. Entregou as obras de infra-estrutura pública como estradas, aquedutos, galerias, etc., ao leal e competente ministro Agripa(Um amigo do tempo da juventude e depois cunhado pois se casara com Júlia,filha de Augusto com Escribonia), que seria seu sucessor,caso não tivesse também falecido.Favoreceu as artes e as letras e, após sua morte, foi divinizado. Deixou uma autobiografia gravada em duas colunas de bronze, no Campo de Marte, em Roma, Res gestae divi Augusti (Manumentum Ancyranum) conservadas até hoje. Foi sucedido por Tibério, um seu filho adotivo e general nomeado(que também se casou com Júlia,porem ela se tornou uma prostituta e foi banida para uma ilha), confirmando assim, o estabelecimento de um regime monárquico.
 Claro nem todos são perfeitos,ele realmente colocou seu filho adotivo no poder, mas o que me surpreendeu em seu caráter é que o povo,os militares reformados e todos aqueles que foram cativos nalguma sociedade e foram recuperados tiveram todo o apoio de Augusto( historiadores dizem que ele tinha um capital 14 milhões,porem só foi encontrados em seus tesouros reais 1,5 milhões)  com moradias e suporte econômico.



fonte: historia na net
 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Deixa o ritmo te levar

Algo que sempre gostei foi ouvir musica e assistir filmes e sempre gostei de vários estilos musicais (menos o Funk ,mas não por causa  do  ritmo em si,porém de suas letras depreciativas e de baixo escalão) e um estilo que sempre gostei mas tinha-tenho vergonha de dizer era-é musica clássica,pois uma coisa  está intrínseco na nossa vida, é que o grupo que nos rodeia é coercitivo e não aceita determinadas coisas que gostamos  e além do mais,de uma forma subliminar nos manda essa mensagem, ou você se encaixa aos nossos padrões ou você esta fora. E como nós, seres humanos somos seres sociais a  opinião do grupo sempre prevalece e nos moldamos ao que ele quer.Você pode  pensar assim,ué eu não tenho opinião própria;eu mando na minha vida!,mas sem você saber há uma lei social invisível que nos comanda, que nos move e ela nos acompanha desde crianças,nos dizendo o que devemos fazer ou não e se por acaso alguem se rebela a essa lei social ela nos avisa que se seguirmos algo diferente do que ela determina que é legal,certo e normal  a consequencia é uma sanção,punição etc,e no final  acabamos seguindo o que ela quer (exemplo:quando dizemos a nossas amigas que ainda gostamos da chiquititas elas riem da nossa cara,quando dizemos para nossa mãe que vamos namorar aquele roqueiro tatuado e cabeludo  ela nos da ou uma surra ou nos deixa de castigo) .Voltando a musica clássica... Eu sempre gostei porém não tenho uma qualificação para saber mais,porém eu gostaria que ela se difundisse mais,ainda mais aqui no rio de janeiro,pois não só existe o trio forró-pagode-funk como estilo musical.E um incentivo melhor seria colocar as versões do cinema para ser tocada por uma orquestra,e como eu sei que há essa ideia na internet eis algumas versões  pra se apreciar.


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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Momento Poesia

William shakespeare Soneto 35
Não chores mais o erro cometido;
Na fonte, há lodo; a rosa tem espinho;
O sol no eclipse é sol obscurecido;
Na flor também o inseto faz seu ninho;

Erram todos, eu mesmo errei já tanto,
Que te sobram razões de compensar
Com essas faltas minhas tudo quanto
Não terás tu somente a resgatar;

Os sentidos traíram-te, e meu senso
De parte adversa é mais teu defensor,
Se contra mim te excuso, e me convenço

Na batalha do ódio com o amor:
Vítima e cúmplice do criminoso,

Dou-me ao ladrão amado e amoroso.


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Para o Meu Coração...
Para o meu coração basta o teu peito,
para a tua liberdade as minhas asas.
Da minha boca chegará até ao céu
o que dormia sobre a tua alma.

És em ti a ilusão de cada dia.
Como o orvalho tu chegas às corolas.
Minas o horizonte com a tua ausência.
Eternamente em fuga como a onda.

Eu disse que no vento ias cantando
como os pinheiros e como os mastros.
Como eles tu és alta e taciturna.
E ficas logo triste, como uma viagem.

Acolhedora como um velho caminho.
Povoam-te ecos e vozes nostálgicas.
Eu acordei e às vezes emigram e fogem
pássaros que dormiam na tua alma.

Pablo Neruda, in "Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada"
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Última Folha
Musa, desce do alto da montanha
Onde aspiraste o aroma da poesia,
E deixa ao eco dos sagrados ermos
          A última harmonia.

Dos teus cabelos de ouro, que beijavam
Na amena tarde as virações perdidas,
Deixa cair ao chão as alvas rosas
          E as alvas margaridas.

Vês? Não é noite, não, este ar sombrio
Que nos esconde o céu. Inda no poente
Não quebra os raios pálidos e frios
          O sol resplandecente.

Vês? Lá ao fundo o vale árido e seco
Abre-se, como um leito mortuário;
Espera-te o silêncio da planície,
          Como um frio sudário.

Desce. Virá um dia em que mais bela,
Mais alegre, mais cheia de harmonias,
Voltes a procurar a voz cadente
          Dos teus primeiros dias.

Então coroarás a ingênua fronte
Das flores da manhã, — e ao monte agreste,
Como a noiva fantástica dos ermos,
          Irás, musa celeste!

Então, nas horas solenes
Em que o místico himeneu
Une em abraço divino
Verde a terra, azul o céu;

Quando, já finda a tormenta
Que a natureza enlutou,
Bafeja a brisa suave
Cedros que o vento abalou;

E o rio, a árvore e o campo,
A areia, a face do mar,
Parecem, como um concerto,
Palpitar, sorrir, orar;

Então sim, alma de poeta,
Nos teus sonhos cantarás
A glória da natureza,
A ventura, o amor e a paz!

Ah! mas então será mais alto ainda;
          Lá onde a alma do vate
          Possa escutar os anjos,

E onde não chegue o vão rumor dos homens;

Lá onde, abrindo as asas ambiciosas,
Possa adejar no espaço luminoso,
Viver de luz mais viva e de ar mais puro,
          Fartar-se do infinito!

Musa, desce do alto da montanha
Onde aspiraste o aroma da poesia,
E deixa ao eco dos sagrados ermos
          A última harmonia!

Machado de Assis, in 'Crisálidas'